Corrente Alternada

Comentários e resenhas sobre discos, letras de músicas e filmes; com enfoque em aspectos depressivos.

Thursday, August 31, 2006

Hey Hey we're the monkees!


No final dos anos 60 surgiu um grupo que era fantástico! Não era pretenciosamente progressivo, não era "politicamente correto" e nem tinha medo de parecer com os Beatles. Eles eram Os Monkees! Tinham de tudo um pouco, desde um programa de TV próprio até a fama de que não sabiam tocas nem cantar (o que afinal de contas não era 100% mentira, porque nem todos eram músicos) mas foi um grupo que deu certo. A crítica fala muito mal deles, o que é um bom sinal. Numa época em que as coisas oscilavam entre a genialidade e o lixo os Monkees estavam por assim dizer "na contramão", poque elas não eram nem uma coisa nem outra. Medíocres? Também não se aplica nesse caso, e a prova é a própria acusação de que eles não sabiam tocar. Prá ser medíocre é preciso dar conta de fazer tudo e não ser nem muito bom nem muito ruim. No caso deles algumas coisas eles não sabiam fazer mesmo, e outras eles faziam surpreendentemente bem. E mais, eram genuinamente "non sense"!
Demorou mais de 20 anos para que o talento e o valor do grupo fosse reconhecido, e é uma sorte que os episódios da série de TV estejam disponíveis. Nem todos os episódios são bons... mas Hey Hey They are the monkees!!!!

Wednesday, August 30, 2006

Círculos e Anéis



Em quase todas as grandes sagas anéis estão realcionados a poder: O Anel dos Nibelungos, O ouro do Reno de R. Wagner, O Senhor dos Anéis de Tolkien e outras tantas. E os círculos? Claro, também estão sempre presentes: O Círculo das Letras, Os Cavaleiros da Távola Redonda (é um círculo!), mas reparem como é sempre abstrata a idéia de cículo, e é bem exemplificado na clássica Stairway to Heaven onde mesmo associado a palavra "anel" não personifica nem poder nem algo concreto - "in my toughts I have seen rings of smoke 'thru the trees".
O círculo Polar Ártico Também é uma abstração, pode até ter uma certa lógica do ponto de vista latitudenal, mas é como as fronteiras: existem para sebermos onde é o limite as coisas.
No caso do Círculo Polar Ártico ele representa o isolamento ao norte. A solidão, o extremo ao norte do planeta. E porque não o Círculo Polar Antártico? Bem, até poderia ser, afinal também está incluido entre os 5 grandes círculos - o Equador, os Trópicos e os Círculos Polares - Mas o ponteiro da bússola indica para o Norte, não? Além disso não existe aurora boreal no Polo Sul.
Mas o mais importante é a idéia dos círculos.

The Wall - Existem muitos muros


Com a queda do Muro de Berlin todos pensavam que o mundo seria outro. Mas existem muitos muros, e mesmo uns atrás dos outros... Talvez jamais seja derrubado o último tijolo. "all in all it's just breaks in the wall". Mas a idéia está aí, e hoje já dá para ver o que há atrás do muro. ha ainda esperanças, por exemplo no Live 8, quando todos os membros do Pink Floyd se reuniram e realmente tocaram juntos de coração. - dá prá sentir! - Também nesse ano morreu Syd Barret. Tanto faz se for por acaso, mas tudo isso aconteceu. E o que há atrás do muro? Bem, cada um tem seus próprios muros... Entretanto algumas coisas não mudaram, como "What shall we use to fill the empty spaces"

Monday, August 28, 2006

Judy Blue Eyes - Marin Brown Eyed Girl


Em 1969, no Woodstock, O Crosby, Stills & Nash (and Young) tocaram a Suite Judy Blue Eyes numa memorável performance. Na mesma ocasião esteve presente Van Morrison, que apesar de já ter composto "Brown Eyed Girl" não a cantou nesse festival.
São duas composições antológicas cujo assunto é basicamente o mesmo, uma ex namorada.
Nos anos 90 houve um seriado chamado "Once and Again" sobre algo muito parecido, só que de gente na faixa dos 40 anos, ou seja, ex maridos/mulheres.
Mas nesse seriado havia também uma personagem na casa dos 30 anos, porém já perto dos 40, solteira e bem complicada. Chamava-se Judy e era interpretada por Marin Hinkle. Na última temporada da série ela arrumou um relacionamento com um homem casado, é claro... e num determinado momento ele põe para tocar a Suite Judy Blue Eyes e num outro episódio, se me lembro bem, ele canta um trecho para ela. Isso sugere o comentário dela de que ela tem olhos castanhos e não azuis. Um detalhe? Pode ser... mas a música Brown Eyed Girl seria melhor. Mas ela se chama Judy. Um detalhe! Judy Brown Eyed!!

Brown eyed girl
Hey where did we go

Days when the rains came

Down in a hollow

Playin' a new game

Laughin' and a runnin'

Skippin' and a jumpin'

In the misty mornin' fog
Ah with our hearts a thumpin'
Was you my brown eyed girl

You my brown eyed girl

Now what ever happened

Tuesday is oh so slow

Goin' down the old mine with a
Transistor radio Standin' in a sunlit lane
Hidin' 'hind a rainbow's wall

Slippin' and a slidin' yeah

All along the waterfall
It was you my brown eyed girl
You my brown eyed girl

Do you remember when

We used to sing

Sha la la la la la la la la la la ti da

Sha la la la la la la la la la la ti da

So hard to find my way

Now that I'm on my own

Thought about it just the other day

My, where'd the times all gone

Can't remember back then Lord

Sometimes I'm overcome thinkin' 'bout

Makin' love in the green grass

Uh behind the stadium

With you my brown eyed girl

You my brown eyed girl

Do you remember when

We used to sing

Sha la la la la la la la la la la ti da



Judy Blue Eyes It's getting to the point
Where I'm no fun anymore
I am sorry
Sometimes it hurts so badly
I must cry out loud I am lonely
I am yours, you are mine
You are what you are

And you make it hard
Remember what we've said and done and felt about each other
Oh babe, have mercy

Don't let the past remind us of what we are not now
I am not dreaming.
I am yours, you are mine

You are what you are

And you make it hard-
Tearing yourself away from me now
You are free and I am crying

This does not mean I don't love you
I do, that's forever, yes and for always
I am yours, you are mine

You are what you are

And you make it hard

Something inside is telling me that
I've got your secret.
Are you still listening?

Fear is the lock, and laughter the key to your heart

And I love you.

I am yours, you are mine, you are what you are

And you make it hard

And you make it hard

Friday evening,
Sunday in the afternoon

What have you got to lose?

Tuesday mornin', please be gone I'm tired of you.

What have you got to lose?

Can I tell it like it is?
Help me I'm sufferin'

Listen to me baby-Help me I'm dyin'
It's my heart that's a sufferin', it's a dyin'
That's what I have to lose
I've got an answer I'm going to fly away
What have I got to lose?

Will you come see me
Thursdays and Saturdays?
What have you got to lose?

Chestnut brown canary
Ruby throated sparrow
Sing a song don't be long

Thrill me to the marrow

Voices of the angels ring around the moonlight

Asking me, said she so free

How can you catch the sparrow?

Lacy, lilting, lady, losing love, lamenting

Change my life, make it right

Be my lady.

Doo doo doo doo doo, doo doo doo doo doo doo


(At the end of the Suite, Stephen Stills sings the following Spanish lines:)

Que linda me la traiga Cuba,
la reina de la Mar Caribe.
Cielo sol no tiene sangreahi,
y que triste que no puedo vaya,
Oh va, oh va, va.


Os Helicópteros na guerra do Vietnam

Olhem a foto ao lado. Já da prá ter uma idéia da importância dos helicópteros na guerra do Vietnam.
Essa incrível aeronave foi indispensável em todas as ações, sejam elas de combate, apoio ou resgate de tropas ou feridos.
Devido a topografia acidentada e a densa mata os aviões não tinham muita utilidade, salvo como bombardeiros, uma vez que quase não havia guerra aérea. Por isso, com sua versatilidade, o helicóptero era perfeito para esse tipo de guerra, juntamente com as tropas de terra e unidades fluviais.
Vejam
os principais helicópteros usados pelas forças americanas na época:











o "CH53"





o "Banking 46"










o "Huey" - Talvez o mais usado
















Sunday, August 27, 2006

China Beach


A guerra do Vietnam gerou uma série de filmes e seriados de TV. Um dos bons seriados, do final dos anos 1980, foi China Beach. Era uma espécie de MASH porque girava em torno de médicos e enfermeiras, mas não era cômico, e sim um drama. Havia algumas pitadas de romance também.
Um destaque era a enfermeira "Coleen McMurphy", interpretada por Dana Delany.
Mas não era simplesmente um seriado de drama médico, havia muito da guerra também, e ao contrário das outras guerra como por exemplo a II Guerra, os filmes não costumam apoiar-se em fatos ou batalhas decisivas embora ela tenhas existido. Talvez seja pelo fato de não ter sido uma guerra ganha.
Quase sempre os episódios são sobre o cotidiano, a dura realidade de sobreviver e ter que viver após sobreviver.
E isso é ainda mais marcante num acampamento médico.
Infelizmente não está mais no ar, e também não creio que esteja disponível por aí. Mas em todo caso seu eu souber vou avisar.
Sempre Fi!

Like a Rolling Stone


Essa é uma das obras primas de Bob Dylan!
E também o melhor clip dos Rolling Stones na minha opinião. Aliás, Patricia Arquette interpreta uma junkie como ninguém. Os melhores pepéis dala são para mim personagem desse tipo.
Não sei bem porque ela aceitou fazer um seriado imbecil recentemente (talvez a geladeira dela estivesse vazia...)
Por outro lado a participação dela no outro seriado, The OC, - como uma junkie, é claro - foi brilhante.
Eu arrisco mesmo a dizer que esse clip deu uma nova idéia para esse clássico de Dylan, às vezes já tão batido - esse é o perigo dos clássicos!-
Mas vamos a letra agora:

Like a Rolling Stone

Once upon a time you dressed so fine
You threw the bums a dime in your prime, didn't you?
People'd call, say, "Beware doll, you're bound to fall"
You thought they were all kiddin' you
You used to laugh about
Everybody that was hangin' out
Now you don't talk so loud
Now you don't seem so proud
About having to be scrounging for your next meal.

How does it feel
How does it feel
To be without a home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You've gone to the finest school all right, Miss Lonely
But you know you only used to get juiced in it
And nobody has ever taught you how to live on the street
And now you find out you're gonna have to get used to it
You said you'd never compromise
With the mystery tramp, but now you realize
He's not selling any alibis
As you stare into the vacuum of his eyes
And ask him do you want to make a deal?

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

You never turned around to see the frowns on the jugglers and the clowns
When they all come down and did tricks for you
You never understood that it ain't no good
You shouldn't let other people get your kicks for you
You used to ride on the chrome horse with your diplomat
Who carried on his shoulder a Siamese cat
Ain't it hard when you discover that
He really wasn't where it's at
After he took from you everything he could steal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Princess on the steeple and all the pretty people
They're drinkin', thinkin' that they got it made
Exchanging all kinds of precious gifts and things
But you'd better lift your diamond ring, you'd better pawn it babe
You used to be so amused
At Napoleon in rags and the language that he used
Go to him now, he calls you, you can't refuse
When you got nothing, you got nothing to lose
You're invisible now, you got no secrets to conceal.

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Wednesday, August 23, 2006

Lou Reed - Berlin

Na minha opinião este é o melhor trabalho de Lou Reed, pelo menos um deles. Berlin é um album conceitual, que apresenta de alguma sorte uma narrativa, com personagens que confundem-se com o real - e talvez alguns sejam.
Foi produzido por Bob Erzin (simplesmente um mestre) e é impecável em todos os detalhes. Conta-se que lou fazia sessões de gravação horas a fio para obter o resultado que desejava, e sob a orientação de Bob não poderia sair menos que uma obra prima.
Algumas das músicas já foram comentadas aqui, especialmente Caroline Says I, e II, e também Oh Jim. Mas hoje vamos tratar o disco como um todo e deixar as músicas em separado para outros posts.
As letras, quase todas, tratam de desespero e suicídio, com leves toques de drogas e homossexualidade e prostituição. Não que todos esses assuntos já não tenham sido abordados antes, mas a carga emocional com que aparecem aqui é talves única. Existe aqui, como em Shakespeare, uma avalanche de sentimentos francamente tratados. Algo talves humano demais para alguns. De fato, se você sobreviver até o final do disco terá recebido uma overdose de tragédia. Veja por exemplo The Kids quando ele diz que "desde que eles lhe tiraram a filha (dela) são os seus olhos que se enchem de lágrimas e assim ele é muito mais feliz" - sentimento de desprezo e vingança; ou em The Bed: "é o lugar onde ela corta os pulsos" - suicídio. E a música de The Bed é fantasmagórica! Já a voz de Lou em The Kids revela que ou ele estava muito bêbado, ou havia consumido heroina.
O disco conta com algumas participações memoráveis como Steve Winwood e Steve Hunter. Bob Erzin realizou todos os arranjos, além de tocar piano e melotron. Os arranjos são únicos!
Aqui vai a ficha técnica e a lista de músicas do disco:

TRACK LISTING

1. BERLIN 3:23
2. LADY DAY 3:40
3. MEN OF GOOD FORTUNE 4:37
4. CAROLINE SAYS I 3:57
5. HOW DO YOU THINK IT FEELS 3:42
6. OH, JIM 5:13
7. CAROLINE SAYS II 4:10
8. THE KIDS 7:55
9. THE BED 5:51
10. SAD SONG 6:55

All songs written by Lou Reed. Arranged by Bob Ezrin.

CREDITS

LOU REED -- vocals and acoustic guitar, choir
MICHAEL BRECKER -- tenor sax
RANDY BRECKER -- trumpet
JACK BRUCE -- bass
AYNSLEY DUNBAR -- drums
BOB EZRIN -- piano and mellotron, choir
STEVE HUNTER -- electric guitar
JON PIERSON -- bass trombone
DICK WAGNER -- background vocals and electric guitar, choir
STEVE WINWOOD -- organ and harmonium
Dennis Ferrante -- choir, engineering
Steve Hyden -- choir
Tony Levin -- bass (8)
Allan Macmillan -- piano (1)
Elizabeth March -- choir
Gene Martynec -- acoustic guitar, synthesizer, vocal arranging, bass
Blue Weaver -- piano (3)
B.J. Wilson -- drums
Robin Black -- engineer
Peter Flanagan -- engineer
Richard Kewzey -- overdubbing
Pacific Eye & Ear -- album concept & design

Tuesday, August 22, 2006

Cronologia da Guerra do Vietnam

Cronologia da Guerra:

Fevereiro de 1955
USA começa a dar treinamento para tropas do exército sul-vietnamita

Outubro de 1955
É criada a República do Vietnam tedo como Dien o presidente

Dezembro de 1960
É criada a Frente de Libertação do Vietnam do Sul (NLF)

Dezembro 31, 1961
United States military personnel in Vietnam total about
3,200. February 8, 1962 United States Military Assistant
Command-Vietnam (MACV) formed under the command of General
Paul D. Harkins.

Novembro de 1963
Ngo Dinh Diem é assassinado

Agosto de 1964
O Congresso dos USA aprova "A resolução do golfo de Tonkin
Resolution," autorizando o Presidente dos USA a usar a força
no Vietnam para repelir ataques a instalações americanas.

Fevereiro de 1965
Os USA começam a bombardear alvos militares no Vietnam do Norte

Março de 1965
A primeira tropa de combate terrestre desembarca no Vietnam em Da Nang land

Dezembro de 1965
O total do efetivo militar americano no Vietnam é de 180,000 homens

Janeiro 30-31, 1968
"Ofensiva Tet"

Maio 14, 1969

As tropas americanas no Vietnam atigem o pico de 543,000 homens

Junho 10, 1969
É formado o governo provisório do Sul do Vietnam

Setembro 3, 1969
Morre Ho Chi Minh

Março 24, 1971
Operação Lam Son 719, um ataque Sul-Vietnamita na trilha Ho
Chi Minh no Laos, termina em derrota

Março 30, 1972
As tropas do Exército popular do (PAVN) Vietnam lançam a maior ofensiva da guerra desde 1968

Janeiro 27, 1973
Acordo do final da guerra e tratado de paz no Vietnam é assinado em Paris.

Março 29, 1973
As últimas tropas americanas deixam o Vietnam

Março 9, 1975
Inicia a ofensiva do PAVN no sul

Abril 30, 1975
Saigon se rende

Presidentes dos EUA:

Dwight D. Eisenhower (Outubro 14, 1890 - Março 28, 1969) -
• Presidiu: 1/20/1953 - 1/20/1961
• Presidente número: 34
• Religião: Presbiteriano
• Profissão: Militar
• Aerviço Militar: General (5 estrelas)
• Partido: Republicano
• Seu Vice Presidente: Richard M. Nixon

John F. Kennedy (Maio 29, 1917 - Novembro 22, 1963) -
• Presidiu: 1/20/1961 - 11/22/1963
• Presidente Numero: 35
• Religião: Católico
• Profissão: Militar, Jornalista, Escritor
• Serviço Militar: Tenente
• Partido: Democrata
• Seu Vice Presidente: Lyndon B. Johnson

Lyndon B. Johnson (Agosto 27, 1908 - Janeiro 22, 1973) -
• Presidiu: 11/22/1963 - 1/20/1969
• Presidente Numero: 36
• Religião: Disciple of Christ (??)
• Profissão: Militar, Professor
• Serviço Militar: Lieutenant Cmdr.
• Partido: Democrático
• Seu Vice Presidente: Hubert H. Humphrey
• foi Vice President de: John F. Kennedy (1961-1963)

Richard M. Nixon (Janeiro 9, 1913 - Abril 22, 1994) -
• Presidiu: 1/20/1969 - 8/9/1974
• Presidente Numbero: 37
• Religião: Quaker
• Profissão: Militar, Advogado, Executivo, Funcionário Público
• Serviço MIlitar: Lieutenant Cmdr.
• Partido: Republicano
• Seus Vice Presidentes: Spiro T. Agnew, Gerald R. Ford
• Foi Vice President de: Dwight D. Eisenhower (1953-1961)

Monday, August 21, 2006

Vozes Femininas na Guerra


"Does anybody here remember Vera Lynn?" Assim começa a letra de "Vera" do album "The Wall". Vera Lynn é uma cantora inglesa que desenvolveu sua carreira no tempo da 2º Guerra.
Sua música mais famosa é "We will meet again". Naquela época, embora paz fosse a palavra mais desejada, não havia um sentimento 'anti-guerra'. Vera cantava para os soldados expressando o desejo de que ao final da guerra eles se reencontrassem. Somente um tolo acreditaria que todos iriam se encontrar, muitos tombaram em batalha e por lá ficaram. Mas havia muito em jogo, a necessidade de libertar o mundo do terror nazista. Se as pessoas não estavam felizes com a guerra, pelo menos sabiam porque estavam lutando.
Outra voz que se ouvia, desta vez não na guerra mas antes contra, era Joan Baez. Eu não me interesso por Joan Baez, mas em todo caso é preciso citá-la ao falar da guerra do Vietnam. Aqui tem origem a chamada 'canção de protesto'. Sinceramente eu prefiro o folk puro, aquele que pode conter algum teor social, e até algum nível de engajamento, mas canção de protesto é de doer... Isso me faz lembrar do episódio dos Simpsons quando eles fazem protesto na usina nuclear e a Lisa Simpson reune-se com os 'manifestantes' na frente da usina e canta com o violão "they have the plant, but we have the power". É muito bobo!
Mas Joan Baez fez a sua carreira nos anos 60 e 70, e apesar de ser realmente uma boa cantora e do ativismo ser legítimo - pois afinal de contas na guerra do Vietnam ninguém sabia porque estava lutando - o engajamento das músicas Baez é muito chato e maçante.
Eu, pessoalmente, prefiro Vera Lynn.

Sunday, August 20, 2006

November Rain

É certamente o clip mais conhecido do Gun's and Roses e também um dos mais comentados. Na verdade é muito bom, tem elementos muito interessantes e foi muito bem feito; e além de tudo tornou-se extremamente popular. O vídeo custou cerca de US$1,5 Milhões, foi uma superprodução. A música é uma balada épica (e bem clássica no estilo das grandes baladas Heavy Metal) e com uma letra também interessante. Não bastasse isso, foi baseada num pequeno conto de um escritor obscuro chamado Del James, isso é mencionado no final do clip. Ah! Não bastasse isso, ainda tem como protagonista a modelo e atriz Stephanie Seymour!!!


Voltemos a história. O livro no qual se encontra o conto "Whithout you", foi editado em pequena tiragem e desapareceu. É claro, hoje é peça de colecionadores.
A letra de November Rain não é baseada no conto, apenas o clip. Segundo um antigo membro do Gun's and Roses, Axel já vinha trabalhando nesa música desde 1983.
Se na letra não encontramos uma sequência de fatos, mas uma descrição psicológica, o video apresenta por outro lado um enredo claro: Casamento, Festa, Funeral - ladeados pelo cantor sozinho no início e no fim, que é outro personagem e quem conta a história.
Na letra não é mencionada a morte de ninguém (claro, é uma descrição psicológica e independente da cronologia. Ou seja, serve para quelquer contexto da história).
Agora uma daquelas discussões da internet. Do que ela morreu? E vem a famosa foto do caixão.
Segundo alguns observaram, isso é, para aqueles que conhecem os funerais nos USA, há um espelho que indica que parte do rosto está desfigurado. (Parece ser um "truque" das funerárias americanas usar um espelho para dar a impressão de que o rosto está inteiro); e a dedução é de que ela matou-se com um tiro na cabeça. Dedução brilhante! Pois é assim que está escrito no conto de Del James:
"...He’d found Elizabeth on the couch,
bleeding profusely, most of her head splattered on the wall behind her."
"...CLICK. It was empty. Elizabeth had known she would only need one bullet."
(*os personagens do conto são: Mayne e Elizabeth)

É um conto de amor desesperado... grotesco, romântico e tétrico.
mas vamos para a letra de November Rain:


November Rain

When I look into your eyes I can see a love restrained
But darlin' when I hold you

Don't you know I feel the same
'Cause nothin' lasts forever

And we both know hearts can change
And it's hard to hold a candle In the cold November rain
We've been through this auch a long long time Just tryin' to kill the pain
But lovers always come and lovers always go
An no one's really sure who's lettin' go today

Walking away
If we could take the time to lay it on the line I could rest my head
Just knowin' that you were mine
All mine
So if you want to love me
then darlin' don't refrain
Or I'll just end up walkin'
In the cold November rain
Do you need some time...on your own

Do you need some time...all alone

Everybody needs some time...
on their own
Don't you know you need some time...all alone

I know it's hard to keep an open heart

When even friends seem out to harm you

But if you could heal a broken heart

Wouldn't time be out to charm you

Sometimes I need some time...on my
own
Sometimes I need some time...all alone
Everybody needs some time...
on their own
Don't you know you need some time...all alone

And when your fears subside

And shadows still remain
I know that you can love me
When there's no one left to blame

So never mind the darkness

We still can find a way

'Cause nothin' lasts forever

Even cold November rain

Don't ya think that you need somebody

Don't ya think that you need someone
Everybody needs somebody

You're not the only one

You're not the only one

Saturday, August 19, 2006

Vietnam - Geografia

Veja a imagem. É bastante catracterística da guerra do Vietnam esse tipo de imagem, ou seja, mata e montanha.
Vamos a alguns dados sobre a geografia desse país:


Tamanho: Aproximadamente 331,688 quilometros quadrados

Topografia: Montes e e montanhas de vegetação densa,
as terras planas correspondem a apenas 20%.
Montanhas 40%, Montes 40%,
o Sul é dividido pela planicie costeira,
Giai Truong Son (montanha central) ,
e o Delta do Rio Mekong.

Clima: Tropical e Monção;
humidade média de 84% ao longo do ano
Faixa pluviométrica anual de 120 a 300 centímetros,
e as temperaturas anuais variam entre 5°C e 37°C.

Trata-se então de uma guerra em clima úmido, com insetos,
mata densa, e em regime de guerrilha. Quase "mano a mano", onde a tecnologia não desempenha papel preponderante. Isso fez do Vietnam uma guerra extremamente dura e cruel, física e psicológicamente.

Friday, August 18, 2006

Sweet Jane



Vamos fazer um breve interlúdio e colocar a letra de uma música muito legal do Lou. É talvez a mais conhecida depois de "Walk on the wild side". Estou falando de "Sweet Jane", é claro.
Lou está num grupo de rock, Jim é bancário e Jane balconista; as pessoas são em geral más e medíocres, mas não se preocupe porque "everything is just dirt". Mas vamos imaginar que Jane seja assim:

Bom, de pende do ponto de vista...
A idéia é de que tudo pode parecer diferente, e é, dependendo do momento. Tudo às vezes é um pouco mais simples do que parece. É sexta-feira!!!
Enjoy! "Life is just to die"

Sweet Jane

Standing on the corner, suitcase in my hand
Jack is in his corset, Jane in her vest
And me, I'm in a rock'n'roll band
Ridin' a Stutz Bearcat, Jim
You know, those were different times
Oh, all the poets, they studied rules of verse
And those ladies, they rolled their eyes
Sweet Jane, sweet Jane, sweet Jane

I'll tell you something, that Jack, he is a banker
And Jane, she is a clerk
And both of them save their monies
And when they come home from work
Ooh, sittin' down by the fire
Oh, the radio does play
The classical music, said Jim, the "March of the Wooden Soldiers"
All you protest kids, you can hear Jack say, get ready
Sweet Jane, come on, baby
Sweet Jane, sweet Jane

Some people, they like to go out dancing
Other peoples, they have to work
Just watch me now
And there's some evil mothers
Well they're gonna tell you that everything is just dirt
You know, that women never really faint
And that villains always blink their eyes
And that, you know, children are the only ones who blush
And that life is just to die
But anyone who ever had a heart
Oh, they wouldn't turn around and break it
And anyone who's ever played a part
Oh, they wouldn't turn around and hate it

Sweet Jane, sweet Jane, sweet Jane

Ah! Em caso de "alguém" não saber o que é um Stutz Bearcat aqui vai uma foto de um modelo 1969:

Thursday, August 17, 2006

A Guerra do Vietnam



Assim como "Zabriskie Point" também faremos uma série especial sobre a guerra no Vietnam.
Tornou-se um ícone na cultura ocidental da segunda metade do século XX e um pesadelo difícil de ser superado peloas americanos. É óbvio que não há vencedores em nenhuma guerra, mas no caso da guerra do Vietnam certamente não haveria como vencer. Observe esse cartaz:

Quê? Eles querem limpar a casa? Que casa? Os EUA e o mundo também, afinal o mundo pertence ao Tio Sam, não é?
É claro que essa é uma das afirmações mais simplórias que eu poderia fazer, e que a situação é muito mais complexa do que isso como veremos. Mas do ponto de vista de campanha política já não é boa coisa, pois indica intolerância - eles não estão falando de corrupção!- e do ponto de vista mundial não será muito produtivo, como a história mostrou - e já havia mostrada, caso eles tivessem prestado mais atenção.
As idéias contidas nesse cartaz formam, vamos dizer assim, um catalizador para a entrada dos EUA na guerra, e uma desculpa para mandar milhares de jovens para a morte certa.
Mas vamos aos fatos gerais.
A guerra do Vietnam na verdade são três:
1) uma guerra contra o colonialismo francês
2) uma guerra civil entre revolucionários comunistas do norte e o
governo republicano do sul
3) e a "guerra fria" entre USA e URSS - a que chamamos propriamente de "Guerra do Vietnam"

Através do mapa podemos ter uma idéia geopolítica do Vietnam.
Na linha demarcada DMZ é a divisa entre o sul e sua capital Saigon (por motivos óbvios, hoje Ho Chi Min), e o norte e sua capital Hanoi.
Na próxima parte falaremos sobre a geografia os países vizinhos.

Wednesday, August 16, 2006

Caroline Says II

A segunda parte de "Caroline Says" no apresenta um tipo diferente de sentimento, uma espécie de vazio. Da indiferença da primeira parte chega-se não ao ocaso, como era de se esperar, mas a um estado de idiotice e descontentamento.
Notem que a melodia é tirada de uma música já gravada pelo Velvet, "Stephanie Says", que foi composta para um filme de Andy (que poderemos comentar posteriormente), mas no momento não vem ao caso. O que importa por ora é que em "Stephanie Says" a personagem, Stephanie, é completamente estúpida. Dois trechos dessa letra são também utilizados em "Caroline Says II": 1) "But she is not afraid to die
the prople all (all of her friend - em Caroline Says) call her Alaska...
2) "It's so cold in Alaska"
Mas enquanto em Stephanie Says ela é confusa e indiferente, de onde vem a sua frieza, Caroline é desiludida, vamos usar uma palavra mais apropriada "hopeless" - eu não saberia traduzir para o português, pelo menos não me ocorre agora... - e idiota a ponto dos seus amigos perguntarem "o que lhe vai pela cebeça?" e dessa desesperança misturada a atitudes estúpidas vem a sua frieza. Aliás, "speed" também é conhecido como "Ice", talvez por isso seja por isso que quando ela toma speed seja "tão frio no Alaska".
Por fim, certa vez eu tive um livro com traduções de letras do Lou Reed editado em Portugal. Eu me lembro que algumas frases eram ótimas, algo como: "ela atravessou a vidraça com o seu punho, é uma sençasão tão bizarra..."

Caroline Says II

Caroline says - as she gets up off the floor
Why is it that you beat me - it isn't any fun

Caroline says - as she makes up her eyes
You ought to learn more about yourself - think more than just I

But she's not afraid to die
All her friends call her 'Alaska'
When she takes speed, they laugh and ask her
What is in her mind, what is in her mind

Caroline says - as she gets up from the floor
You can hit me all you want to, but I don't love you anymore
Caroline says - while biting her lip
Life is meant to be more than this - and this is a bum trip

But she's not afraid to die
All her friends call her 'Alaska'
When she takes speed, they laugh and ask her
What is in her mind, what is in her mind

She put her fist through the window pane
It was such a funny feeling

It's so cold in Alaska [x3]
It's so cold in Alaska


Tuesday, August 15, 2006

Hank Williams

Este homem entende do country. Não o country alegre quase campestre das casas de veraneio, mas daquele estilo forte que fala do sentimento da gente da roça. Não é errado dizer que o tipo de música que nós costumamos comentar aqui tem senão sua origem, uma forte influência rural. Porque será eu não sei. Talvez seja porque deve ser muito deprimente a vida por lá. Talvez por ser reduzida a elementos sociais muito básicos e sem muitas distrações. Não sei... Mas certamente ele sabia.


I'm so lonesome I could cry

Hear that lonesome whippoorwill

He sounds too blue to fly

The midnight train is whining low

I'm so lonesome I could cry


I've never seen a night so long

When time goes crawling by

The moon just went behind a cloud

To hide its face and cry


Did you ever see a robin weep

When leaves begin to die?

Like me he's lost the will to live

I'm so lonesome I could cry


The silence of a falling star

Lights up a purple sky

And as I wonder where you are

I'm so lonesome I could cry

Caroline Says I

Eis aqui uma obra clássica de Lou Reed, uma música do álbum "Berlin". Caroline Says é dividida em duas partes, por hora vamos comentar a primeira parte. Trata-se do orgulho, da soberba. Não é necessário comentar muito sobre a letra, ela fala por si mesma. Mas observe as referências a "germanic queen", estaria ele falando sobre Nico? A maior parte das pessoas querem crer que sim, e é até possível. Mas vamos observar por outro ângulo, sob a ótica simbólica. Imaginem isso como uma metáfora da soberba totalitarista.
Quase no fim da música há um fundo instrumental brilhantemente produzido por Bob Erzin sobre o qual se repete a palavra "Queen" cantada por um coro, a medida em que a parte instrumental vai acelerando e a guitarra lembra um ametralhadora.
Agora imagine uma parada militar e o exército nazista marchando ao som desse trecho (pense também na letra como um todo, na forma como a personagem despreza o compositor); por fim ao mesmo tempo em que tudo isso acontece tente visualizar ao fundo um junky com uma agulha no braço. É patético, não? Bem aqui vão algumas imagens para ajudar. Se puder vou fazer um clipe com isso (se puder...)

Caroline Says I

Caroline says that I'm just a toy
She wants a man, not just a boy
Oh, caroline says, ooohhh, caroline says

Caroline says she can't help but be mean
Or cruel, or oh so it seems
Oh, caroline says, caroline says

She say she doesn't want a man who leans
Still she is my germanic -

- queen
Yeah, she's my queen

The things she does, the things she says
People shouldn't treat others that way
But at first I thought I could take it all

Just like poison in a vial
Hey, she was often very vile
But of course, I thought I could take it all

Caroline says that I'm not a man
So she'll go get it catch as catch can
Oh, caroline says, yeah, caroline says

Caroline says moments in time
Can't continue to be only mine
Oh, caroline says, yeah, caroline says

She treats me like I am a fool
But to me she's still a german -

- queen, ooohhh, she's my -
- queen, ya ...
Queen, hey baby, she's my queen
(queen)
(queen)
(queen)
(queen)
(queen)
(queen)
(queen)
(queen)
...

Friday, August 11, 2006

The Flaming Moe

Há uma luz no fim do túnel!
E o que é? É o "Flaming Moe"
Talvez vocês não se lembrem desse episódio sos Simpsons, ele é o 10º da terceira temporada. Além das peripércias habituais
do Homer, o tema desse episódio é um drink chamado "Flaming" - que levava o nome de Homer, e logo foi apropriado por Moe. Flaming significa flamejante, obviamente, mas numa linguagem de rua também pode significar gay; embora não seja o caso em questão.
Esse episódio ficou conhecido como o episódio do Airsmith, mas também faz uma citação ao seriado "Cheers". Mas se no bar de Sam "Mayday" Malone todos sabem o seu nome, no bar de Moe ninguém sabe. São duas possibilidades muito boas para um bar.
Muito interessante também é uma música que parodia descaradamente a abertura de Cheers, nela o mundo torna-se 'melhor' quando se bebe o flaming moe; com o detalhe da frase do refrão:"Hapiness is a flaming moe alway" em que não acho que seja mera conecidencia com o título da música dos Beatles "Hapiness is a warm gun".
As imagens que aparecem ao fundo enquanto a música é cantada não são ilustração do que fala a letra, mas as conseqüências sociais do abuso de alcool. Ou seja, aparentemente o mundo não fica melhor quando se bebe o Flaming Moe. Ainda que para quem esteja bebendo tudo parece melhor, que é na realidade o que quer dizer a música. As coisas não melhoram, mas dá a impressão de bem estar. É um contraste muito bom.
Vejam a letra na integra:

Faming Moe

When the weight of the world has got you down
And you want to end your life,
Bills to pay, a dead-end job,
And problems with the wife.
But don't throw in the tow'l,
'Cuz there's a place right down the block...
Where you can drink your misery away...
At Flaming Moe's.... (Let's all go to Flaming Moe's...)
When liquor in a mug (Let's all go to Flaming Moe's...)
Can warm you like a hug. (Flaming Moe's...)
And happiness is just a Flaming Moe away...
Happiness is just a Flaming Moe away...

Eu não costumo fazer isso, mas não resisti em fazer uma versão prá você sair cantando em portugês. Não é um tradução literal, isso seria desnecessário, eu procurei manter o sentido e fazer algumas rimas e deixar o mais engraçado possível.

Flaming Moe

Quando o peso do mundo te derrubar
e você quiser dar um fim na vida,
contas pra pagar, fim de carreira
e sem mulher prá esculhambar.
Mas não desista ainda,
pois há um lugar bem ali na esquina...
prá afogar as mágoas...
Lá no Flaming Moe (vamos todos ao Flaming Moe...)
Quando um copão de "cana" (vamos todos ao Flaming Moe)
faz a vida mais bacana (Flaming Moe)
Alegria é um Fleming Moe na mão
Alegria é um Flaming Moe na mão

Jackson Pollock


Chega de bincadeiras, veltemos aos assuntos sérios.

Hoje fazem 50 anos que Jackson Pollock morreu. Ele foi o maior artista do expressionismo abstrato. Suas obras, na maioria painéis, estão expostas no mundo inteiro. Apesar da alcunha de "Jack teh dripper" o traço firme de Pollock é inconfundível. Na fase de transição para o abstracionismo é possível ver uma técnica definida, uma intenção clara. A sua obra não somente abre as portas para uma nova leitura interior, mas também é perturbante, obscura e intrigante. Jackson Pollock (1912-1956)

It's so depressing, but ridiculous

Cuidado para não cair no ridículo, pelo menos para que ninguém veja!
Vamos começar com uma pequena piada que teve origem numa dessas lendas pop.
"Se Mama Cass (Mamas and the Papas) tivesse dado a metade do sandwich para Karen Carpenter ambas estariam vivas". Pode ser uma lenda, mas é verdade. Ambas morreram do coração em decorrência da alimentação. Uma por comer demais e outra de menos.
Agora uma letra bem bobinha , e ridícula também. Foir gravada pelos Carpenters mas lançada após a morte de Karen Carpenter.
Mas o que ela faz aqui? Observe a letra, veja como é deprimente. Não a letra em si, mas a situação em que os personagens se colocaram!

Make Believe it's your first time
We've tried our hand at love before.
We've been around the game enough to know the score.
But then is then, and now is now.
And now is all that matters anyhow.

Make believe it's your first time, leave your sadness behind.
Make believe it's your first time, and I'll make believe it's mine.

The door is closed, it's you and me.
We'll take our time with love, the way it ought to be.
This moment's ours, tonight's the night.
And if we fall in love, that's all right.

Make believe it's your first time, leave your sadness behind.
Make believe it's your first time, and I'll make believe it's mine.

So close your eyes and hold me close.
Let our hearts pretend that love is ours to share tonight, and it might
never end.

Make believe it's your first time, leave your sadness behind.
Make believe it's your first time, and I'll make believe it's mine.
Make believe it's your first time, and I'll make believe it's mine.

Thursday, August 10, 2006

Tumbas de la gloria

Eis algo que encerra bem aquele assunto do Elvis. Trata-se de uma música do compositor Argentino Fito Paez. Fito é uma pessoa que conhece muito bem a tragédia da vida pessoal, mas que também teve consciencia suficiente para não se deixar levar pela mídia (por mais sedutora que seja). Tirando por exeplo seu amigo Charlie Garcia, Fito sempro procurou manter-se desconfiado, se não cético em relação a "indústria do Rock". Embora não seja apenas sobre isso que fala esta letra, aliás em seu todo ela fala mais das origens, mas a última frase é definitiva.



Tumbas De La Gloria Fito Páez

album: Euforia (1996),
El Amor Después Del Amor (1992)

Tu amor abrió una herida
porque todo lo que te hace bien
siempre te hace mal
tu amor cambio mi vida como un rayo
para siempre, para lo que fue y será
La bola sobre el piano la mañana aquella
que dejamos de cantar
llego la muerte un día y arraso con todo
todo, todo, todo un vendaval
y fue un fuerte vendaval
Algo de vos llega hasta mí
cae la lluvia sobre París
pero me escape hacia otra cuidad
y no sirvió de nada
porque todo el tiempo estabas dando vueltas
y más vueltas que pegue en la vida para tratar de reaccionar
un tango al mango revoleando la cabeza como un loco
de aquí para allá, de aquí para allá
Después vinieron días de misterio y frío,
casi como todos los demás
lo bueno que tenemos dentro es un brillante
es una luz que no dejare escapar jamás
Algo de vos llega hasta mí
cuando era pibe tuve un jardín
pero me escape hacia otra ciudad
y no sirvió de nada porque todo el tiempo estaba yo en un mismo lugar
y bajo una misma piel y en la misma ceremonia
yo te pido un favor, que no me dejes caer en las tumbas de la gloria.

Monday, August 07, 2006

Na dimensão da tragédia - (2ª Parte)

Observe a foto ao lado. Ela foi tirada do filme "O Seresteiro de Acapulco" (Fun in Acapulco) nos anos 60.
Há uma cena (para aqueles que não viram o filme) em que Elvis é desafiado a saltar de um penhasco muito alto para dentro do mar. Claro que ele se dá bem.
Vendo aquela cena ninguém poderia imaginar no Elvis dez anos depois, e muitos quilos também.
Existem dois Elvis. Aquele do início até o final dos anos 60,
e de 1970 até a sua morte em 1977; e deve-se destacar os últimos dois anos em que ele fica praticamente
irreconhecível.
Nos anos 80, em um dos episódios de Miami Vice, um personagem estava à beira de um cais. Ele cantava e dançava freneticamente completamente alheio ao que se passava ao seu redor, e é claro não tinha a mínima consciencia de si mesmo. Ele se achava um grande super star. Após consumir mais algumas doses de uma substância que não fica muito claro qual seja, mas tinha o aspecto de pedras, ele delira ainda mais, canta, dança gesticula, fala, e por fim atira-se irremediavelmente ao mar.
Às vezes imagino ElvisPreslei, já nos últimos tempos, dançando à beira do penhasco.
É muito deprimente.



Na dimensão da tragédia - Elvis! (1ª Parte)

Essa é a capa de um single lançado em Novembro de 1972 que contém "Always on my mind" - Acredito que a música tenha sido sucesso (é a única razão pela qual se lança um single); mas acho que o Elvis não gostava muito dessa música, pelo menos não fazia questão de cantar nos shows, o que torna ainda mais dramática essa descrição.
Sempre que vemos um documentário sobre o Elvis "Always on my mind" aparece em algumas circunstância bem definidas. Por exemplo: a) um ensaio com a "Menphis Mafia" em que três caras ensaiam com ele o refrão (não tenho bem certeza, mas acho que a idéia de gravar essa música foi do lendário 'Coronel') b) quando mostram cenas de filmes caseiros com a Priscila Presley c) quando mostram cenas do funeral. Mas porquê? Nos dois primeiros casos é bem óbvio. No primeiro porque é a gravação da música, e no segundo caso por causa da letra. Mas por que no enterro? É a dimensão da tragédia! Há diversas esferas nas quais cada fato ou peça de uma história de encaixa, e que lhe dá sentido. Nesse caso é a tragédia.
Essa música foi escrita por uma cantora country (bem medíocre, por sinal) chamada Brenda Lee, e jamais teria tido alguma importância se não fosse a gravação de Elvis. Claro, a música é boa (ainda assim a compositora não. Insere-se naquele caso de cantor de uma música só. E além do mais é feia...) Mas em todo caso, nem mesmo tendo sido gravada pelo Rei do Rock teria feito alguma diferença se não fosse a sua morte trágica. Aí está a sua significação! Por isso ela é usada quando mostram as cenas do enterro. O cantor personificou a música e deu sentido. Isso é a grandeza de um interprete. Infelizmente nesse caso ele só contribui com 50%; se bem que obviamente ele sabia que fim daria a vida dele...
Ele terminava todos os shows com "I can´t help falling in love with you", mas secretamente a sua declaração de amor era 'you are always on my mind'. Observe multidão de pessoas que vão a Graceland, ou ao seu túmulo, você acha que eles esqueceram Elvis?
Mas porque escrever tanto por causa dessa música? Em primeiro lugar porque não havia ainda falado de Elvis (e de certa forma foi ele que começou essa bagunça toda!), em segundo lugar porque a letra dessa música trata daquele sentimento de arrependimento e culpa tão peculiar da músicas que costumo comentar aqui.

Essa foto é de Novembro de 1972, ou seja, quando "Always on my mind" foi gravada.

Boom Songs for Velvet

"Life is meant to be more than this,
and this is a boom trip"

But hey,
some time a boom trip is quit enough I say.
Esse disco é fantástico. Se você gosta de Velvet Underground não opode deixar de ouvir!
É um cd Indie que pode ser baixado no seguinte site: www.musicboom.it
(não é pirata, mas mesmo que fosse eu não ligaria a mínima. You do things by yourselves without any help from me.)
São 19 músicas, quase todas do VU, menos algumas que são de albuns solo do Lou Reed interpretadas por diversos artistas indie italianos . Já faz muito tempo que eu não escuto uma releitura tão boa. Veja o caso dos Cowboys Junkies cantando Sweet Jane (que aliás inteligentemente não está nessa coletânia) ficou razoável; mas também não tinha como ser ruim já que Sweet Jane por si é um clássico. Mas não acrecenta nada... Já no caso dese indie a coisa é outra, tudo é muito bom. A não ser por uma certa tendência excessiva de mixagens no estilo "Lady Godiva" já usado pelo Velvet ou vocais um tanto quanto electro... Mas são os anos 2000!!
De qualquer forma acho até que se Reed & Cale (e quem mais ainda estiver vivo, Mo Tucker talvez...) já escutaram vão gostar. Não é nostálgico, não é cover e não descaracteriza o estilo das músicas.
A capa é um assunto a parte. Foi produzida com cuidado no melhor estilo POP (Warhol dos 60'!!) e funciona muito bem impressa em casa. Quer dizer, há produções gráficas que só funcionam quando impressas em equipamentos profissionais, mas nesse caso não. Todo o artwork também está disponível no site, inclusive o miolo do cd.
Meu destaque vai para Caroline Says II (a única "faixa" -lembra do vinil?- ) que é apresentada em duas versões. A primeira com o "Studiodavoli" não me agrada muito... mas a segunda com "Sebastian" é incrível. Fazer releitura de uma música do Berlin já é difícil, mas fazer ficar muito boa é um feito histórico! Na versão original, no trecho em que se diz "she put her fist 'trhu the window pane..." há um piano (aliás tocado pelo BOB ERZIN) que representa o vidro quebrando. Bem, check it out nessa versão do Sebastian!
Eu realmente gostei muito, ficou perfeito!!!!
O resto do cd dispensa maiores comentários. É só ouvir e gostar.

Esse CD merece 5 Gafanhotos!

Friday, August 04, 2006

Zabriskie Point (1)





Pessoal! (se é que tem alguém lendo...) dentro de alguns dias teremos mais gente escrevendo nesse Blog. Eu, o Gafanhoto, continuarei e vou me dedicar mais aos assuntos "Hippies" - por assim dizer, se bem que eu não gosto dessa definição. Também vamos ampliar os idiomas em que o Blog passa a ser publicado. Isso não significa que todos os posts vão sair traduzidos, pode até ser que algum saia em dois idiomas... Mas isso depende de cada colaborador. Os idiomas são: Inglês, Alemão e Dinamarquês. Além do Portugês, é claro!

Bem, vamos ao assunto de hoje.
O filme Zabriskie Point de Michelangelo Antonioni é uma obra prima! Esqueça Hair, aquilo é coisa à toa. Não tiro eventualmente o mérito de Hair e a sua capacidade de comunicar com milhares de pessoas (mas é exatamente isso que chamamos de 'comercial', não é?), mas não possui a profundidade de Antonioni.
Zabriskie Point trabalha no nível da simbologia e não da ideologia. Ele não faz propaganda, e a forma de crítica ali apresentada é subjetiva e pessoal. Infelizmente não é um filme muito fácil de encontrar, mas se alguém tiver a oportunidade não deixe escapar.
O título desse post é Zabriskie Point (1), isso porque iremos falar muitas vezes sobre esse filme. Hoje trata-se apenas de uma introdução com uma foto do cartaz (aliás de definição muito ruim) e um link
para o site do Parque do Vale da Morte.
Mas o que tem isso a ver? Muita coisa. Zabriskie Point é um lugar no deserto, mais precisamente no Vale da Morte.
Então confiram o site: http://www.americansouthwest.net/california/death_valley/zabriskie_point.html

Thursday, August 03, 2006

I´ve got a name (or else...I´ve got a goal)



Jim Croce



Às vezes nos sentimos tristes e com o coração pesado. Não exatamente por nós mesmos. O que vou fazer, postar mais um comentário sobre algum album bem deprimente? Acho que não... Não é bem disso que eu estou falando. Existem aquelas tristezas com as quais já aprendemos a conviver, algumas coisas quer são descrições da vida cotidiana etc. Disso o Lou Reed entende bem. Acho mesmo que já estamos mais acostumados com as tragédias do que deveriamos, mas no fundo a corrente é alternada. Não é?
Bem, temos aqui a letra de "I´ve got a name". Esse foi o maior sucesso de Jim Croce, e já que estamos falando de depressão, ele morreu antes de poder saber disso -isso é triste, não é.
Talvez para alguns, mas acho que o Jim não ia ligar muito prá isso, uma vez que ele era um homem simples no que diz respeito a vida. E então o negócio é continuar sempre em frente -
'moving on the hight way'- e pra perminar o lema de vida do Jim Croce era: "If you dig it, do it. And if you really dig it, do it again"
isso não quer dizer que não tenha tido dificuldades para seguir em frente; certa vez em NY ele vendeu tudo que ele (e a Ingrid) tinha, menos um violão, e voltou para a Pensilvania. Mas então ele cavou mais e mais e mais, foi em frente e deu certo! Pouco importa que a morte tenha o encontrado em um pequeno avião aos 30 anos, antes mesmo de ver o filho crescer ou escutar "I've got a name" muitas vezes no radio. "Indo em frente a vida não irá passar por mim"





I´ve got a name


"Like the pine trees linin' the windin' road
I've got a name, I've got a name
Like the singin' bird and the croakin' toad
I've got a name, I've got a name
And I carry it with me like my daddy did
But I'm livin' the dream that he kept hid
Movin' me down the highway
Rollin' me down the highway
Movin' ahead so life won't pass me by

Like the north wind whistlin' down the sky
I've got a song, I've got a song
Like the whippoorwill and the baby's cry
I've got a song, I've got a song
And I carry it with me and I sing it loud
If it gets me nowhere, I'll go there proud
Movin' me down the highway
Rollin' me down the highway
Movin' ahead so life won't pass me by

And I'm gonna go there free
Like the fool I am and I'll always be
I've got a dream, I've got a dream
They can change their minds but they can't change me
I've got a dream, I've got a dream
Oh, I know I could share it if you want me to
If you're going my way, I'll go with you
Movin' me down the highway
Rollin' me down the highway
Movin' ahead so life won't pass me by"